Mitologia Celta

03-03-2011 18:38

 

Os celtas viam suas divindades como amigos, pessoas próximas, com grandes histórias e feitos, geralmente heróis da mitologia local.

Aine (claridade, brilho, esplendor, glória). (irlandesa). Deusa-Fada do amor e do desejo, ela também é a Deus tutelar de Knockany, Munster. Na realidade seu nome deriva da raiz de “fogo”. Pode ser considerada um aspecto de Brigit.

Arianrhod (roda de prata). Galesa. Mãe de Llew, cuja história, segundo a qual ela precisou ser enganada para lhe conceder nome e colo é pilar de sustentação do Mabinogion. Associam-na à Noite, com a Estrela Polar, e diz-se que seu palácio é a Aurora Boreal. Como seu nome pressupõe claramente, ela pode ser muito bem ser uma versão posterior da Deusa da Lua.

Branwen (gralha branca, corvo branco). (galês). No Mabinogion, é a figura central por casar-se com o Grande Rei da Irlanda e portanto traçar o destino dos irlandeses e bretões, quando o irmão, Bran, invade a Irlanda para salvá-la da degradação que ela sofre nas mãos de uma família real vingativa.

Brigit (exaltada) irlandesa e britânica. Trindade de deusas associada ao Fogo e ao trabalho com metais, à poesia e com a maternidade e ao nascimento. Como indivíduo, é filha de Daghda. Na Bretanha pré-romana, era a Deus protetora da tribo Brigantes, e como tantas deusas celtas, tem associações com rios. Era confundida na mitologia cristã com Bridget.

Cailleach Bheur (dama idosa da sociedade). Escocesa. Giganta associada ao Inverno. Diz-se que ela é azul, e uma peculiaridade sua é que emerge em Samhain como idosa, gradativamente regride em idade, e desaparecem em Beltane sob a forma de uma bela e jovem donzela.

Ceridwen (... branca). Galesa. Uma Deusa-caldeirão, associada com a preparação de uma poção do Conhecimento que ela criou para beneficiar seu filho, Afagddu. Quando o menino Gwydion prova sem querer a poção, ela o persegue em uma caçada de transformação que é uma descrição de um renascimento iniciador. Veja também, Taliesin.

Danu. Irlandesa, celta e ariana em geral. Deusa dos rios, cujo nome aparece em toda a Europa, protetora de muitos países e localidades (por exemplo, o rio Don, o Rio Danúbio, a Dinamarca, etc. ) Nas ilhas britânicas, era a Mestra da Tuatha De Danaan, a raça de habitantes divinos e semidivinos da Irlanda antes da vinda dos milésios.

Epona - Seu nome significa "grande cavalo", sendo homenageada em Gales como deusa dos cavalos. Seus atributos incluíam ainda a fertilidade, a maternidade, a PROSPERIDADE , os animais, a CURA e a colheita.
Eriu/Erin - Filha do Dagda, Erin era uma das três rainhas dos Tuatha de Dannan da Irlanda.
Flidais - Deusa da floresta, dos bosques e criaturas selvagens do povo irlandês. Viajava numa carruagem puxada por veados e tinha a capacidade de mudar de forma.
Green Man (O Homem Verde) - O Homem Verde tinha os mesmos atributos de Cernunnos, sendo igualmente uma divindade cornuda que habitava as florestas. Deus dos bosques, seu nome, em galês antigo, é Arddhu (O Escuro) ou Atho.
Gwydion - O Grande Druida dosgaleses. Feiticeiro e bardo do Norte de Gales, seu símbolo era um cavalo branco. Rege a ilusão, as mudanças, a magia, o céu e as curas.
Gwynn ap Nud - Rei das fadas e do submundo na tradição galesa.
Gwythyr - Oposto de Gwynn ap Nud, Gwythyr era o senhor do mundo superior, também no folclore galês.
Herne - O Caçador, era associado a Cernunnos, o Deus Cornudo, e acabou sendo, também, associado à floresta de Windsor.
Lugh- Na Irlanda e em Gales, Lugh era chamando O Brilhante. Deus do Sol e da guerra, era associado aos corvos, tendo por símbolo, em Gales, um veado branco. Sua festividade é Lughnasadh, outra festa da colheita. Era filho de Cian e de Ethniu. Tinha uma espada e uma funda mágica. Lugh era carpinteiro, pedreiro, ferreiro, harpista, poeta, druida, médico e ourives. Seu domínio incluía a magia, o comércio, a reencarnação, o relâmpago, a ÁGUA , as artes e ofícios em geral, viagens, curas e profecias.
Macha (O Corvo) - Rainha da Vida e da Morte no panteão irlandês. Um dos aspectos da Morrigu, era reverenciada também em Lughnasadh. Após uma batalha, os irlandeses cortavam as cabeças dos vencidos e oferenciam a Macha, sendo este costume chamado de A Colheita de Macha. Deusa protetora da guerra, e da paz, Macha regia também a astúcia, a força física, a sexualidade, a fertilidade e o domínio sobre os machos.
Morrigu/Morrigan - A Morrigu era tida como a Grande Rainha, Senhora Suprema da Guerra, Rainha dos Fantasmas e Rainha Espectro, pois possuía uma forma mutável. Reinava sobre os campos de batalha, ajudando com sua magia. Representa o aspecto idoso da Deusa Tríplice, sendo associada aos corvos e gralhas. Patrona das sacerdotisas e feiticeiras.
Ogma/Oghma - Herói semelhante a Hércules, Ogma tinha uma enorme maça com a qual defendia seu povo, os Tuatha de Dannan, sendo eleito seu campeão. A tradição diz que foi ele quem inventou o alfabeto ogham, utilizado pelos antigos druidas, baseado em árvores consideradas mágicas. Ogma rege a eloqüência, os poetas, escritores, a inspiração, a força física, a linguagem, a literatura, as artes, a música e a reencarnação.
Rhiannon - Grande rainha dos galeses, Rhiannon era a protetora dos cavalos e das aves. Rege os encantamentos, a fertilidade e o submundo. Aparece sempre montando um veloz cavalo branco.
Scathach/Scota- Seu nome traduzia-se como A Sombra, Aquela que combate o medo. Deusa do submundo, Scath era a deusa da escuridão, aspecto destruidor da Senhora. Mulher guerreira e profetisa que viveu em Albion, na Escócia, e que ensinava artes marciais para os guerreiros que tinham coragem suficiente para treinar com ela, pois era tida como dura e impiedosa. Não foi à toa que o adestramento do herói Cu Chulainn foi levado a cabo por ela mesma, considerada a maior guerreira de toda a Irlanda. Scath era ainda a patrona dos ferreiros, das curas, magia, profecia e artes marciais.

Taranis: Na mitologia celta Taranis era o deus do trovão adorado essencialmente na Gália , nas Ilhas Britânicas , mas também na Renânia e no Danúbio, entre outras regiões, e mencionado, juntamente com Esus e Toutatis como parte de uma tríade sagrada , pelo poeta romano Lucano em seu poema épico Pharsalia como uma divindade celta, a quem ofertas de sacrifícios humanos foram feitos. 

Muitas representações de um deus barbudo com um raio em uma mão e uma roda na outra foram recuperados da Gália, onde esta divindade aparentemente veio a ser sincretizada com Zeus (Júpiter).

 

Pesquisa realizada por Sianna Aset